A cada dia que passa, as pessoas estão mais preocupadas com a sua saúde, e com razão. Afinal de contas, esse é o nosso bem mais precioso.
Fora isso, à medida que envelhecemos e de acordo com os nossos hábitos, o nosso corpo pode se mostrar mais vulnerável a algumas doenças.
Em vista disso, para garantir e manter a qualidade de vida, é essencial repensar e mudar alguns hábitos, a fim de manter a saúde sempre em dia.
Pessoas que costumavam trabalhar em sol quente ou que apenas se expuseram muito ao sol durante a vida, tem uma certa propensão a desenvolver algum tipo de câncer de pele.
Dentro desse contexto, o carcinoma basocelular é mais frequente, uma vez que corresponde a cerca de 95% dos casos.
Como a sua incidência é bem alta, tornando-se um dos principais tipos de câncer entre os homens, é normal querer saber sobre o que é e qual a melhor maneira de se prevenir.
Mas, dentro desse contexto, é interessante saber que esse tipo de câncer possui diferentes tipos, como é o caso do carcinoma basocelular esclerodermiforme.
Então, quanto a esse tipo de câncer, será que ele é perigoso? Quais são os seus riscos? É possível ter cura? Tudo isso e muito mais iremos falar no decorrer deste artigo.
O que é carcinoma basocelular?
De forma resumida, o carcinoma basocelular é o tipo mais comum de câncer, mas que também detém um índice de cura bem elevado.
Trata-se de uma lesão maligna, a qual ocasiona o crescimento lento de células cancerígenas, cuja origem se dá na camada basal da epiderme.
Sendo assim, constitui-se de células que estão sempre se multiplicando ou mesmo nos apêndices cutâneos, como:
- Pelos;
- Glândulas sudoríparas;
- Glândulas sebáceas.
O carcinoma costuma afetar de maneira mais frequente os homens, sendo que é um pouco mais raro de ocorrer em pessoas negras e crianças.
Esse é um dos tumores não-melanoma de maior prevalência, mas que também não é tão grave. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional São Paulo, essa doença pode acometer todas as camadas cutâneas.
No entanto, esse câncer se inicia nas células basais, as quais ficam na camada mais profunda da pele. Na maior parte das vezes, tem um aspecto rosa brilhoso, que cresce de maneira gradual.
Fora isso, também pode apresentar uma pequena crosta bem no centro da mancha, sendo que também pode sangrar com facilidade.
Também é uma doença que costuma acometer pessoas que têm a pele mais clara, depois dos 40 anos de idade, devido à alta exposição solar.
Entretanto, por mais que seja um câncer que tende a surgir em áreas expostas ao sol, também pode aparecer em outras regiões do corpo.
O que é o carcinoma basocelular esclerodermiforme?
Nada mais é do que um tipo de câncer de pele, que também faz parte da categoria “carcinoma basocelular”.
No entanto, possui algumas características mais únicas, fazendo até com que o médico tenha de pensar em um tratamento mais específico.
E isso acontece porque um dos grandes problemas do carcinoma basocelular esclerodermiforme é o fato de não ser nem um pouco bem delimitado.
Ou seja, isso quer dizer que ele tem grandes chances de voltar, ainda que o paciente não tenha passado pela cirurgia.
Além disso, em relação a sua aparência, o carcinoma basocelular esclerodermiforme costuma parecer com uma cicatriz.
Carcinoma basocelular esclerodermiforme tem cura?
Sim, o carcinoma basocelular esclerodermiforme tem chances de cura. Mas, para aumentar ainda mais esse índice, é ideal ter um diagnóstico precoce.
Essa é uma das razões pelas quais você precisa comparecer sempre ao médico, a fim de fazer os seus exames de rotina.
Caso faça parte do grupo de pessoas que possuem fatores de risco, torna-se ainda mais essencial ter o acompanhamento correto.
Assim como qualquer outro tipo de câncer, as chances de cura do carcinoma basocelular esclerodermiforme se tornam ainda maiores quando a doença ainda está no começo.
Mesmo porque a situação tende a ser menos complexa, já que não houve tempo para que o câncer se desenvolvesse tanto.
Carcinoma basocelular esclerodermiforme é maligno?
O carcinoma basocelular esclerodermiforme é um tipo de câncer maligno, uma vez que as células tumorais se replicam de maneira descontrolada.
Além disso, ainda que não seja tão comum, o carcinoma basocelular esclerodermiforme pode apresentar metástase.
Essa metástase pode acontecer por continuidade ou por invasão de nervos e demais tecidos. Então, quando não se tem o devido tratamento, o problema pode se tornar ainda maior.
O carcinoma basocelular esclerodermiforme é um tipo de câncer que possui um comportamento não padronizado.
Isso quer dizer que ele pode ou não ser agressivo, além de poder ou não ocorrer a metástase. Tudo vai depender da situação e condição de cada paciente.
Em vista disso, a melhor coisa que você pode fazer é procurar por um médico sempre que observar uma mancha ou pinta anormal. Agora, em relação aos locais que merecem mais cuidado, são:
- Atrás da orelha;
- Asa nasal;
- Retroauricular.
Em comparação com outros tipos de câncer, o carcinoma basocelular esclerodermiforme tende a ser menos agressivo.
No entanto, ele possui alto potencial de invadir e destruir o local, ocasionando em grandes danos funcionais e estéticos.
Inclusive, após a cirurgia de remoção, optar por tratamentos faciais é uma boa escolha, já que é uma maneira de reconstituir a área do rosto que foi afetada.
Esse tipo de câncer pode invadir estruturas ao redor, algo que irá provocar erosões, facilitando a metástase à distância.
Quais são os fatores de risco do carcinoma basocelular esclerodermiforme?
O grande e principal fator de risco dessa doença com certeza é a exposição direta ao sol. Pessoas que se expõem por um período prolongado estão mais suscetíveis ao problema.
Além disso, indivíduos de pele mais clara se tornam mais vulneráveis, sendo que é mais comum que a doença se manifeste após os 40 anos de idade.
Na maior parte das vezes, as lesões costumam aparecer em locais do corpo que tiveram mais exposição ao sol, como na face, pescoço, peito, cabeça e costas.
Exposição a agentes químicos como o alcatrão e arsênico, radiação ionizante, afecções na pele, histórico familiar e queda de imunidade também são outros fatores de risco.
Quais são os sinais e sintomas do carcinoma basocelular esclerodermiforme?
Falando de maneira geral, é bem comum de aparecer um nódulo consistente ou com pápula rósea ou translúcida.
Além disso, também pode surgir com pontos perolados e telangiectasias, que é quando se formam pequenos vasos visíveis na superfície.
Todas essas lesões podem formar crostas e vir a sangrar, além de também poderem ocorrer placas avermelhadas e descamativas.
Caso apareça qualquer um desses sinais, procure um médico o quanto antes. Afinal de contas, quanto maior é a demora em procurar apoio médico, maior a lesão irá se tornar.
Por consequência, a área de tecido que deverá ser retirada será ainda maior, algo que implica na qualidade de vida e na função dos órgãos.
Dizemos isso porque essa lesão pode ocorrer nos lábios e, nesse caso, a depender da quantidade a se remover, afeta a continência do lábio.
Além disso, também pode ocorrer a perda de proteção do olho em decorrência de uma lesão de pálpebra.
Como é feito o diagnóstico do carcinoma basocelular esclerodermiforme?
Para se obter um diagnóstico preciso, deve-se levar em consideração as características clínicas da doença, além do próprio resultado da biópsia.
É verdade que esse tipo de tumor costuma evoluir de maneira mais lenta e rara são as vezes em que formam metástases.
Mas, ainda assim, o diagnóstico precoce é vital para evitar com que as feridas possam provocar grandes deformidades estéticas.
Como é o tratamento para o carcinoma basocelular esclerodermiforme?
O carcinoma basocelular esclerodermiforme pode ter uma evolução um pouco agressiva, haja vista que ele pode invadir as estruturas ao seu redor.
Dessa forma, pode provocar erosões e metástases à distância. Então, para evitar com que esse problema possa vir a acontecer, a cirurgia é o melhor tratamento.
Inclusive, na grande maioria dos casos, apenas o procedimento cirúrgico é capaz de tratar o problema por completo.
O objetivo é fazer a remoção completa da lesão e o tecido ao redor, como uma margem segura. Para isso, o médico pode se utilizar de diversas técnicas, ainda que a cirurgia micrográfica de Mohs seja a mais comum.
Fora isso, como um recurso terapêutico, o médico ainda pode indicar outros tratamentos, bem como:
- Criocirurgia com nitrogênio líquido;
- Laserterapia;
- Curetagem;
- Quimioterapia;
- Radioterapia;
- Eletrocoagulação etc.
Na grande maioria das vezes, os pacientes respondem muito bem a esse tratamento, sendo que a grande maioria evolui para a cura.
Como prevenir o carcinoma basocelular esclerodermiforme?
Primeiro de tudo, evite se expor ao sol durante o período em que há maior incidência de raios UV, que é entre as 10h às 16h.
Mas, se não tiver como, ao menos se proteja dos raios usando um protetor solar com uma proteção adequada para o seu tipo de pele.
Procure sempre usar bonés, chapéus, óculos e camisetas e calças compridas que tenham proteção ao UV.
Referências
Carcinoma basocelular: câncer de pele mais comum. Disponível em:
https://www.sbd-sp.org.br/geral/carcinoma-basocelular-cancer-de-pele-mais-comum-pode-ser-evitado-e-tem-cura/Carcinoma basocelular variedad esclerodermiforme en el Centro Dermatológico Dr. Ladislao De La Pascua. Disponível em:
https://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=4273