Muito se fala a respeito dos tipos cânceres que existem, mas essa é uma discussão que permeia apenas os melanoma e não melanoma.
No entanto, a verdade é que o assunto é muito mais extenso do que isso, haja vista que existem os subtipos.
E, sabendo que o Brasil é um dos países em que o câncer de pele é uma patologia bastante incidente, a melhor forma de prevenir esses problemas é justamente por meio da conscientização.
Em vista disso, é necessário entender cada vez melhor a respeito dos subtipos existentes, como é o caso do melanoma acral lentiginoso.
A grande maioria das pessoas nem sequer sabem do que se trata ou quais são as suas principais características.
No entanto, como qualquer outro tipo de tumor, o diagnóstico precoce auxilia grandemente no que diz respeito às chances de cura.
Mas, para contribuir com a detecção precoce, é vital que o paciente obtenha maiores informações a respeito do melanoma acral. E é sobre isso que iremos falar a seguir.
O que é o melanoma acral lentiginoso?
Em suma, o melanoma lentiginoso acral é um tipo de câncer, mas que é muito mais raro de acometer pessoas.
Mas, ainda que seja mais raro, ele também costuma ser muito mais letal do que os outros subtipos, o que torna um grande problema.
Afinal de contas, até os dias de hoje não se sabe muito a respeito dessa patologia. Por consequência, o tratamento costuma ser um pouco mais delicado.
Fora isso, diferente de vários outros tipos de câncer, o melanoma lentiginoso acral não tem direta ligação com a exposição solar.
E, indo na contramão dos demais, trata-se de um tipo de câncer de pele que é mais comum de acometer asiáticos (30% a 50% dos casos) e afrodescendentes, os quais correspondem a 70% do total.
Quais são as causas do melanoma acral lentiginoso?
Na verdade, as causas para essa patologia não são tão reconhecidas, haja vista que ainda estão sendo feitos estudos a respeito desse assunto.
O que se sabe é que essa doença tem origem nos melanócitos, o qual é responsável por produzir a melanina.
Nesse caso, quando está saudável, tem o seu crescimento controlado, onde há substituição normal, onde as novas células tomam lugares das novas.
Ou seja, mantém um ciclo saudável. Porém, no caso do melanoma acral, o que ocorre é o crescimento desenfreado, algo que acarreta nesse tipo de câncer.
Quais são as características do melanoma acral lentiginoso?
A princípio, o melanoma acral costuma se apresentar em forma de uma pinta, sem que tenham um aspecto estranho.
Além disso, esse tipo de câncer pode se assemelhar bastante a um trauma ou mancha, aparentemente de aspecto normal.
No entanto, à medida que o tempo passa, a lesão costuma aumentar de tamanho, além de apresentar uma série de outros sintomas.
Outra característica do melanoma acral é o fato de ter uma progressão muito mais rápida, em especial se comparado com o melanoma lentigo maligno, extensivo e superficial.
Em quais regiões o melanoma acral lentiginoso se desenvolve?
Como já mencionado, a incidência solar não é um fator de risco para o desenvolvimento dessa patologia.
Em vista disso, as lesões desse melanoma não necessariamente irão surgir nas regiões mais expostas aos raios solares, mas bem pelo contrário.
O melanoma acral costuma se desenvolver em locais que são menos expostos, tais como:
- Palma das mãos;
- Plantas dos pés;
- Mãos;
- Unhas etc.
É justamente pelo fato de surgir em regiões menos expostas que o autoexame da pele costuma ser mais complicado, o que contribui para o diagnóstico tardio.
Por consequência, impacta na probabilidade de cura e sucesso do tratamento. Sendo assim, para que a taxa de letalidade se mantenha baixa, o ideal é incluir esses locais no autoexame periódico da pele.
Além disso, é fundamental prestar a atenção em manchas ou pintas que mudam de cor e tamanho, bem como hematomas ou micoses que não melhoram.
Quais são os riscos do melanoma acral lentiginoso?
O grande risco do melanoma acral lentiginoso tem direta ligação com o fato de por si só já ser um câncer agressivo.
Mas, aliado a esse fato, está o fato de que o seu diagnóstico costuma ser tardio, haja vista que ele costuma se desenvolver em locais menos visíveis.
No entanto, quando o paciente nota a lesão, muita das vezes costuma achar que é algum tipo de hematoma, frieira ou infecção.
Tudo isso só faz com que o paciente procure tratamentos ineficazes, dando cada vez mais tempo para que o câncer se reproduza e desenvolva.
Inclusive, se porventura esse tipo de melanoma começar a se desenvolver na unha, mas sem o devido tratamento precoce, o paciente corre risco de ter que amputar o membro.
Outro grande risco que o melanoma acral lentiginoso apresenta é o fato de ter altas chances de causar metástase.
Ou seja, nada mais é quando o câncer se dissemina para outros órgãos do corpo, deixando a situação ainda mais delicada.
É por essa razão que a conscientização dessa patologia é tão importante, para que cada vez mais pessoas possam ficar atentas a esses detalhes.
Como é o tratamento para o melanoma acral lentiginoso?
O tratamento cirúrgico com certeza é a melhor alternativa, haja vista que, por meio dessa intervenção, torna-se possível fazer a remoção completa das células tumorais.
No entanto, a técnica cirúrgica depende de uma série de situações, como a extensão, localização e tipo de lesão.
Porém, na grande maioria das vezes, a cirurgia micrográfica de Mohs é uma das opções mais viáveis, uma vez que ele garante segurança e precisão para o médico e paciente.
Mas, como o intuito do tratamento também é evitar recidivas, o médico precisa se preocupar quanto a essas questões.
É por essa razão que, caso o estágio do melanoma acral lentiginoso esteja muito avançado, o médico pode indicar tratamentos adicionais, como a radio ou quimioterapia, a fim de evitar recidiva.
Referências
Ressecção de melanoma lentiginoso acral com reconstrução de retalho sural de fluxo reverso – Relato de caso. Disponível em:
https://www.fmc.br/ojs/index.php/RCFMC/article/view/529
Melanoma acral: considerações sobre o manejo cirúrgico desse tumor. Disponível em:
http://www.anaisdedermatologia.org.br/pt-melanoma-acral-consideracoes-sobre-o-articulo-S2666275219300323
Melanoma. Disponível em:
http://gbm.org.br/wp-content/uploads/2016/09/Edicao63.pdf
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