Você já ouviu falar do carcinoma basocelular nodular ulcerado? A verdade é que esse ainda é um assunto que gera certas dúvidas entre as pessoas.
E isso acontece devido ao fato de o carcinoma basocelular nodular ulcerado não ser um dos mais comuns.
Por consequência, acaba que a grande maioria das pessoas sequer possuem o entendimento correto a respeito desse problema.
Será que se trata de um problema sério? Ou, ainda, será que existe algum fator de risco? Se sim, como prevenir? Como é o tratamento para o carcinoma basocelular nodular ulcerado?
O que é carcinoma basocelular?
Em suma, o carcinoma basocelular é o tipo mais comum de câncer de pele, o qual constitui cerca de 70% de todos os casos.
No entanto, trata-se também do menos agressivo. Sendo assim, desde que se tenha um diagnóstico precoce, as chances de cura são bem altas.
Além disso, o tumor se origina nas células basais, que é onde fica a pele mais superficial da nossa pele, sendo essa uma das razões de o tratamento ter grande índice de cura.
Entretanto, ainda que seja o tipo de câncer mais comum, isso não quer dizer que ele não pode se tornar perigoso.
Se porventura o paciente não receber o tratamento adequado dentro de um tempo hábil, o câncer pode se alastrar para outras partes do corpo.
O que é o carcinoma basocelular nodular ulcerado?
Trata-se de um dos tipos de carcinomas basocelulares, sendo que se configura por ser um dos menos frequentes.
Estima-se que ele representa cerca de 15% de todos os tumores malignos na pele, sendo uma neoplasia de pele que deriva da camada espinhosa do epitélio.
Além disso, diferente do carcinoma basocelular (CBC), o nodular ulcerado tem um potencial maior de causar metástase, em especial para os linfonodos parotídeos e cervicais.
Em vista disso, a forma de tratar pode ser um tanto diferente, já que é preciso levar em consideração esses possíveis riscos.
Falando de forma clínica, o carcinoma basocelular nodular ulcerado é um tipo de nódulo que evolui para uma úlcera.
Dessa forma, ele detém um aspecto inflamatório ao seu redor, sendo que os seus limites são bem menos precisos que o carcinoma comum.
Além do mais, como se trata de um tipo de câncer um pouco mais agressivo, é ideal que o paciente receba o diagnóstico e tratamento precoce.
Afinal de contas, dessa forma, ele terá a certeza de que as chances de cura se manterão altas. Até porque o tratamento precoce pode causar grandes problemas.
Isso acontece porque, à medida que a doença avança, a lesão se torna maior. Por consequência, a área de remoção deve ser maior.
O grande problema é que isso pode desfigurar a parte do rosto, fazendo ser necessário que o paciente procure por tratamentos faciais a fim de reverter esse problema.
Como é feito o diagnóstico do carcinoma basocelular nodular ulcerado?
Assim que se faz o diagnóstico clínico, o médico deve fazer uma biópsia. Ou seja, é quando ele retira uma parte da lesão e manda para um laboratório fazer a análise.
Mas, no caso de o carcinoma ser muito extenso, a biópsia deve ser feita para o planejamento terapêutico, haja vista as diferentes alternativas de tratamento.
No caso de o diagnóstico ser feito muito tardiamente, o paciente pode passar por um certo prejuízo para o tratamento, uma vez que quase sempre será mutilante.
Em relação ao exame anatomopatológico de congelação, o ideal é fazê-lo como rotina, a fim de encontrar margens livres.
E, sempre que for necessário, o médico deve fazer ampliações. Porém, há vezes em que tais mutilações não são aceitáveis, como quando há invasão de duas órbitas.
Por essa razão que, após a cirurgia, a reconstrução deve estar no planejamento, uma vez que esse tipo de carcinoma requer esse cuidado.
Mas, para que isso seja possível, é preciso levar em consideração as condições clínicas, uma vez que os retalhos microcirúrgicos podem sim reconstruir, mas requerem um período cirúrgico maior.
Como o carcinoma basocelular nodular ulcerado se origina?
As células anormais começam a crescer lentamente, de forma desordenada, devido a radiação ultravioleta.
A princípio, como tem um crescimento lento, é bem difícil que ele invada outros tecidos e cause metástase.
Mas, se houver demora no diagnóstico, isso pode sim vir a acontecer. Além disso, esse é um câncer de pele mais comum de acometer áreas que ficam mais expostas ao sol.
Por isso, a localização mais frequente é no nariz, que representa quase 70% de todos os casos, mas ainda pode acometer a orelha, canto interno do olho e demais partes do rosto.
Esse carcinoma basocelular pode sim afetar regiões com pouca incidência solar e, nesses casos, pode ter relação com a alta exposição ao arsênio ou medicamentos imunossupressores, por exemplo.
Como é o tratamento do carcinoma basocelular nodular ulcerado?
Para garantir a cura, é necessário fazer a remoção do tumor por via cirúrgica. Mas, em relação a técnica, isso depende de cada caso.
No geral, o tratamento do carcinoma basocelular é a cirurgia micrográfica de Mohs, uma vez que garante maior segurança para o paciente e o médico.
Porém, o cirurgião de cabeça e pescoço, cirurgião plástico e o protetista maxilofacial precisam trabalhar juntos, a fim de escolher a melhor forma de tratamento.
E isso se torna ainda mais verdade quando a neoplasia invade planos mais profundos da pele. Além disso, dificilmente a radioterapia ou esvaziamento eletivo são indicações para tratamento.
Esse tipo de tratamento pós-cirúrgico apenas se dá quando há presença de metástase ou grandes riscos de recidiva.
Referências
Carcinoma de células escamosas. Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/distúrbios-da-pele/cânceres-de-pele/carcinoma-de-células-escamosas
Tratamento e controle de feridas tumorais e úlceras por pressão no câncer avançado. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/Feridas_Tumorais.pdf